quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Trabalhadora, Mulher e Mãe… É o que sou!

No meu caso, estas três coisas estão interligadas. Fui e sou desde sempre uma trabalhadora, sempre tive o meu emprego/trabalho que me desgasta bastante psicologicamente e fisicamente. (Quem não se sente cansada ao fim de um dia de trabalho?)
É obvio que tem o lado positivo, que é, apesar de todo o desgaste, no dia seguinte, uns com mais disposição que outros, estamos prontas para mais um dia, pode até custar a levantar mas lá vamos nós, (até porque tem mesmo de ser, senão como é que pagamos as contas?), mas, e se gostamos do que fazemos, melhor ainda!

Mulher, sou-o desde os dezoito anos, mas está claro que quando o menciono aqui é mesmo a nível sentimental e pessoal, ou seja, passei a ser Mulher quando casei, quando iniciei uma vida intima e comecei a ser eu, sozinha, a tratar da casa. E quando digo "tratar da casa" este assunto engloba muita coisa, porque creio que as pessoas não têm noção do trabalho que tem uma Mulher.
Tratar da casa engloba arrumações e refeições, diárias. Apanha roupa, estende roupa, passa a ferro… etc.. etc…
Sei que o ser Mulher não é só isto, mas não me posso alargar muito mais, senão não deixava de escrever. ;)

E Mãe, esta parte já é mais difícil de descrever. Quando casei, no dia em que fiz vinte e cinco anos, já namorava há bastantes anos… sete para ser mais precisa… E é lógico que pouco tempo depois aquando da gravidez de uma amiga minha, o relógio biológico começou a dar horas mais rapidamente, a vontade de ser Mãe era muita. Passados três meses de nos casarmos, decidimos tentar, deixei de tomar a pílula, mas não fui ao médico (tal era o medo que vejam até que ponto ia a minha inconsciência). Apesar de achar que não conseguia engravidar, os meses passavam e cada vez que me vinha o período eu chorava baba e ranho…
Até ao dia em que não me veio o período, fiz o teste e deu positivo, isto foram passados cinco meses de deixar de tomar a pílula.
Foi a maior alegria da minha vida, fartei-me de chorar (de felicidade, claro!)
Da Pimpa, tive uma gravidez muito atribulada, andava sempre a chorar (já sou chorona por natureza, mas na gravidez foi demais), as minhas hormonas andavam aos saltos, não era dia se não me chateasse com o S., dava cabo da cabeça a qualquer um. Andava insuportável!
Quando ela nasceu, foi indescritível a sensação que tive, o que costumo dizer quando perguntam o que senti naquele momento é: “tal e qual como no filme do Rei Leão, quando o Rei vai apresentar e mostrar o filho, após o nascimento daquele, ele sobe a um monte, cá em baixo estão os animais todos da selva, e ele ergue o filho no ar”, foi tal e qual a sensação que tive, ergueram-me a minha filha e não consegui reagir tal a minha felicidade. Nem imaginam, cada vez que me lembro arrepio-me toda. (Sim porque as dores esquecemos mas aquele momento é inesquecível).
Quando foi o Pimpo não foi igual não deixei de tomar a pílula, ele apeteceu-lhe fazer-nos uma surpresa (e que Rica surpresa), não estávamos à espera mas foi uma Bênção de Deus…Não foi planeado mas foi muito desejado.
Costumo dizer a mim mesma que ele veio ao mundo para me fazer levantar de novo a cabeça.
Do Pimpo a gravidez foi mais ou menos a mesma coisa que da Pimpa, chorona na mesma, ahahah, mas não estive tão mazinha, os medos foram muito mais, pois como já expliquei noutro post antigo tinha estado a tomar medicamentos para uma depressão… E tinha muito medo que isso trouxesse problemas ao bebé, mas Graças a Deus fiquei logo a saber que não, deixei logo a medicação e o meu filho é perfeitinho.
Quando ele nasceu, tive mais dores, ele era maior, mas tive o prazer de ser EU a cortar o cordão umbilical. (Foi, mais uma vez, inesquecível).

2 comentários:

Anónimo disse...

Que belo post. Acho que acabas-te por descrever quase todas as mulheres. Beijocas. Cláudia

Susana Pina disse...

Amiga muitos Parabéns pela trabalhadora, Mulher e Mãe que tu és.
Palavras lindas deixadas no teu cantinho.
Um bj muito grande
Susana