sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Procura-se um AMIGO

"Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sese sacrificar.


Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.


Procura-se amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversas de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.


Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.”

Vinicius de Moraes

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Felizmente...

... cá por casa está tudo bem.
Apesar de eu o Pimpo e o S., termos estado doentes, a Pimpa foi a única que ainda não teve gripe, daí que cada vez que ela sente algo "diferente" eu fico em estado de alerta. :)

Há uns largos meses, vinha aqui ao meu cantinho todos os dias, bom ou mau tinha sempre algo para contar para desabafar.
Agora o tempo é 'curto' ando sempre a correr, chego a casa em cima da hora do jantar, muitas das vezes, felizmente, o S. já tem o jantar pronto, e depois é tratar dos meninos, jantar, tratar da roupa... vocês sabem como é... e sempre tudo a correr. E depois tenho os dias em que tenho curso, que desses então nem falo...
Tenho saudades de quando no trabalho, conseguia ir aos poucos a um cantinho, depois visitava outro, e conseguia ir a todos os vossos cantinhos, conseguia estar actualizada, não perder o rumo "às vossas vidas", e agora não consigo.

Mas vou passando aos poucos, ;) e peço para quando mudar de emprego/trabalho consiga ir para um local onde trabalhe muito (não me importo nada) mas onde também vos consiga visitar. Sabem. Como antigamente...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Ontem quando...

...sai de casa, tinha deixado a Pimpa pronta para ir para a escola, mas muito queixosa com dores de cabeça e a "sentir-se quente". Está claro que tive o dia todo preocupada, e em stress.
Há hora do almoço liguei para a minha tia (ela tinha lá ido almoçar), para saber se ela estava bem. Disse-me que sim, e que até tinha comido bem. Como fui a uma papelaria comprei-lhe uma simples borracha.

Quando cheguei à noite depois do beijinho da praxe, perguntei-lhe se se sentia melhor, disse-me que sim. Disse-lhe que tinha uma prenda para ela. Dei-lha. E ela disse: "olha uma borracha"!

E pela primeira vez, acho que a minha filha deu valor a uma prenda simbólica.

Tenho ensinar-lhe que até as coisas que nos parecem insignificantes são importantes. Porque não é o valor ou o tamanho que conta, é a intenção!!

domingo, 18 de janeiro de 2009

Onde é que isto vai parar...

Já trabalho há muitos anos. Já estive desempregada, mas também estava grávida e era/foi difícil arranjar emprego.

Há pouco mais de cinco meses mudei de emprego (como tod@s sabem). Mudei de uma empresa, onde estava efectiva, para uma outra onde assinei um contrato com termo.

Sempre disse que tenho dois braços e duas pernas e que nunca me há-de falar trabalho, mas com esta crise que se "vê", só me pergunto, aonde é que isto vai parar?

Sabe Deus como são difíceis alguns meses... Não nos podemos dar a grandes luxos... Apesar de fazermos, este ano, 9 (nove) anos de casados ainda não conseguimos ser independentes a 100%...

Se me falta este trabalho (onde está a ser muito difícil conseguir integrar-me, como puderam saber por posts anteriores), o que é que eu faço??

Eu sou um bocado pessimista, e já começo a andar preocupada. Se não me renovam o contrato... Ai meu Deus...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Acreditam que hoje...

Houve reunião de condomínio e fiquei com o condomínio, outra vez...

Entre, gostam muito do meu trabalho, ou tenho feito um bom trabalho, ficou comigo de novo.

Eu ate me desenrasco, tenho tudo informatizado e não dá tanto trabalho quanto isso, e no meu prédio a maior parte das pessoas são pessoas mais velhas... Mas desde que criei o condomínio que sou eu a administradora, isto desde 2007. Não é há muito tempo mas fogo...

(Como não ando com grandes ideias, vim por-vos ao corrente de um outro tema...)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Como vestir a camisola...

Sim eu sei, à partida começa-se pela cabeça. lol
Mas a questão que aqui se coloca é como posso eu adaptar-me a pessoas que me tiram do sério, que me stressam e fazem com que entre em "pânico" (levando-me a cometer erros tal é o meu stress), me chamam a atenção por coisas absurdas, e embirram se viro para esquerda porque devia ter virado para a direita e/ou vice-versa?

Estava mal habituada... Estava sempre a queixar-me pelo excesso de trabalho e mau pagamento mas a realidade é que comparando, não embirravam nem um quarto...

O bom desta história toda é que já não me sinto deprimida... ;0]

A questão que deixo ao vosso cuidado é como é que me adapto a pessoas mesquinhas, embirrentas e que vão ao ínfimo pormenor das coisas que sempre me passaram, basicamente, "ao lado" às quais não me consigo adaptar?

Eu que sempre me considerei (até provas em contrário), assídua, profissional, diligente e competente, dou por mim a ter dúvidas, acham normal? Pois eu não!
Daí ter de fazer algo para mudar. Mas o quê? Como?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Hoje foi...

O dia de regresso ao trabalho.

Estive de férias desde o dia 24 de Dezembro, inclusive. Souberam-nos tão bem... É que tive os dias todos com os Pimpos. Uns dias melhores que outros, a verdade é que estes dias correram muito bem.

A véspera de Natal, e a passagem de ano, foram dias "estranhos", porque apesar de estar belissimamente bem acompanhada por família, o meu marido (aquele que tem dias em que me apetece bater-lhe! lol) não estava connosco.

Na 6ª feira fomos jantar aos meus pais... O meu Pai foi-se embora este sábado...

E hoje... Hoje, o regresso não foi tão famoso quanto estava à espera. Na realidade não tem sido desde há algum tempo. Embirram muito... Chamam-me a atenção, acham que o fazem para o meu bem (digo eu!!) mas na realidade só me põem triste e desiludida. Não sou perfeita (acho que ninguém o é!) mas sempre me achei competente e diligente com o meu trabalho, e ali nunca está bem, nunca está "perfeito"...

Bem já me lamentei tudo. Beijinhos a tod@s. Até depois de amanhã. (Amanhã tenho faculdade)...