quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Balizas...

Como já vos tinha anteriormente contado, enquanto que ao Pimpo nascem dentes à Pimpa caem dentes! (ahahaha)
Sabem a Nanny McPhee? Era assim que a Pimpa estava até este fim-de-semana.
Vou-vos contar o que aconteceu…
Estava eu na varanda a estender a roupa quando ela chega ao pé de mim e me diz:
“Mãe, olha o dente virou-se!”, fiquei branca… (eu, ou reajo muito bem às coisas ou fico sem qualquer reacção, que foi o caso!), então disse-lhe:
Por favor, S., tens de puxar o dente filha, ele está pendurado! (eu sei que parece mal, mas a ver a minha filha a sofrer deixou-me mesmo sem reacção).
Ela começou a chorar a dizer que não conseguia, mas foi buscar um guardanapo, pegou agarrou o dente e tirou-o.
Quando se apercebe que estava a sagrar começou a chorar tanto que soluçava. Eu com o coração aos pulos lavei-lhe a boquinha e disse-lhe que ela tinha sido muito crescida, em ter conseguido sozinha tirar o dente. (eu sei que foi estúpida em não ter conseguido tirar o dente, mas fiquei sem inércia).
Entretanto agarrou-se ao meu pescoço a chorar e a dizer que na segunda-feira não queria ir para a escola, porque os outros meninos a iam gozar.
E eu disse-lhe que se eles a gozassem que ela só tinha que dizer que a eles também iam cair os dentes, tal como acontece a todos os meninos a partir de uma certa idade.
Foi complicado! Ela até à noite de domingo, e cada vez que se lembrava, chorava e dizia que não queria ir à escola.
Na segunda-feira de manhã, antes de sairmos de casa, disse-me:
“Oh mãe, e se eu me rir assim, (esboçou um sorriso, diga-se, amarelo!), nota-se que eu não tenho os dois dentes da frente?
Fiquei magoada, mas voltei a dizer-lhe que não tinha que se sentir triste, e reiterei o já anteriormente dito, que ia acontecer aos coleguinhas dela exactamente a mesma coisa, blá blá blá.
Percebi o quanto as crianças tão pequenas podem ser tão cruéis umas com as outras!
À noite, perguntei-lhe, como faço sempre: então como correu a escola?
Ela disse-me: “correu bem, mas mãe, chamaram-me balizas!”
Desatámo-nos as duas a rir…
Entretanto pus uma pedra no assunto, e não falei mais sobre isso, e ela também não disse mais nada. Mesmo assim, por dentro sinto-me triste porque começo a lembrar-me como logo tão pequenos conseguimos ser tão mauzinhos uns com os outros e lembro-me, eu também sofri, tal como a minha filha sofre, mas também não fui nenhuma santa!
E agora sei dar o valor. Estou mesmo a ficar velha! (ahahah)

1 comentário:

Susana Pina disse...

Balizaaaassss!!!!
Essa é boaaaaa!!!
Amiguinha, eu acho que nem tinha coragem para ver o dente dela ali quase a caírrr!!! Ai! Eu sou uma medricas para essas coisas...acho que um dia se tiver assim um pimpo/a como os teus, vai ter que ser o meu B. a fazer esse trabalhinho, ou então estou como tu, terá que ser o pimpinho/a a ter coragem para tal.
Quanto aos colegas, pois é amiguinha a crueldade começa logo na escola...é a sociedade que temos.
Um bj grande, grande
Susana